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Entendendo o culling


Hoje decidi falar de um assunto muito polemico (em todos os lugares do mundo), bastante discutido entre os criadores e um tabu entre criadores e proprietários, o culling, eutanásia ou abate, três termos para definir a mesma coisa.


Como eu sempre digo, conhecimento é poder e sem o conhecimento é muito fácil se deixar levar pela emoção e dar argumentos sem nenhum fundamento. Como este assunto gera sempre uma grande quantidade de mal-entendidos, alguns dos quais se baseiam exclusivamente em sentimentos acalorados e informações incorretas, achei que era hora de instruir sobre isso para que as pessoas possam ter uma visão assertiva e madura do assunto.


Este post será bastante extenso, mas vale a pena ler até o final.


É importante considerar que:

• abate humanitário não é crime, não é contra a lei e também não é maus tratos;

• não existe nenhum criador (sério) que não faça algum tipo de culling;

• culling em nada tem haver com crueldade ou maus tratos e isso não significa de modo algum que o criador não ame seus animais.


Este artigo é informativo e não expressa nenhuma opinião pessoal. Deixo - como sempre - para vocês formarem suas próprias opiniões, mas com o conhecimento devido. Deixarei aqui ou ali uma ou outra opinião minha, mas nestes casos deixarei bem claro que "na minha opinião" ou "no meu caso", mais para pontuar as dúvidas que possam surgir.



 

Animais não tem consciência da inevitabilidade

e do significado da morte a menos que sejam

maltratados, indevidamente manejados,

ou se sintam ameaçados.

 

Antes de mais nada, o que é um criador responsável?

É o criador que possui conhecimento e estudo genético para trabalhar com os animais. Ele deve ser capaz de informar o novo tutor de seus filhotes, de maneira precisa, as características como origem, predisposições de saúde, padrão físico e comportamento. Este é um relacionamento bilateral, um criador responsável jamais venderia um rato sem antes conhecer mais sobre você e ter certeza que você pode oferecer tudo que o animal precisa. Este criador estará disponível por toda a vida do animal, te orientando e ajudando a sanar todas suas dúvidas.


Ele irá trabalhar de forma clara, honesta e jamais venderá animais sem histórico.


É imprescindível que um contrato seja assinado, garantindo que caso a convivência não corra como planejada, o rato ou camundongo seja imediatamente devolvido para o criador.


Se por um acaso você comprar de uma fábrica de animais, ou pet shop é importante considerar que estes locais não possuem a mínima preocupação com o que acontece com os animais e é de fato um abatedouro, com condições precárias e indignas, o seu dinheiro estará contribuindo para que esse tipo de indústria de tortura e maus tratos se prolongue.


Um criador responsável só fará hard culling (abate) em animais, de forma humanitária, muito raramente e em ultimo caso.



 

Eutanasia, para um criador responsável significa

morte tranquila, sem dor, medo ou ansiedade.

 


Porque todo (bom) criador faz algum tipo de culling?


Primeiro quero deixar BEM claro que estamos falando apenas de criações de ratos pet, este texto de forma alguma trata de animais criados para alimentação de outros animais, nem deste tipo de criação.


Criar ratos para estimação é muito mais do que apenas juntar um casal de ratos para obter filhotes. Um criador sério tem por objetivo, a reprodução para melhoria de seus animais em geral - em questão de saúde, temperamento e também estético (sim, os criadores sérios querem ter ratos bonitos, assim como os tutores também - não seja hipócrita sobre isso). Para alcançar seus objetivos é necessário fazer cruzamentos, as vezes muitos, para observar como seus animais e sua criação estão progredindo e onde ainda precisam fazer melhorias. Para um criador chegar ao ponto de não precisar fazer abate de nenhum de seus animais, ele precisará ter uma linha 100% estável e não existe isso no Brasil, visto que os animais que foram importados vieram cheios de problemas de saúde e comportamento. Para ter uma linha 100% estável, o criador precisará que pelo menos 20 gerações destes ratos (linhagem = cruzas consanguíneas diretas ou indiretas) não apresentem nenhum problema, de falta de resistência a doenças (como micoplasmose) e principalmente problemas de tumores e comportamento.


Neste ponto vou ressaltar que não conheço nenhum tutor que deseje animais doentes, de baixa longevidade, com propensão a tumores e muito menos animais agressivos.

 

"culling em nada tem haver com crueldade

ou maus tratos e isso não significa de

modo algum que o criador

não ame seus animais."

 

Mas afinal, que é culling?

Culling, de acordo com o American Heritage Dictionary, é “escolher entre outros; selecionar. ” Esta definição muda um pouco quando utilizada para animais de criação que, geralmente se refere à eliminação de animais de um programa de criação ou redução do tamanho de uma ninhada, algumas vezes por meio de eutanásia.


Primeiramente, existem 2 tipos de culling - o soft culling e o hard culling.


O soft culling é a retirada do rato do programa de reprodução por venda ou doação. Este método é o mais comum e TODOS os criadores fazem.


O hard culling consiste em retirar o rato do programa de reprodução por meio de eutanásia. Parece horrível e cruel, mas irei explicar abaixo como e em que casos o hard culling é feito.

• Seleção de filhotes: Guarde esta informação, ratas possuem 6 pares de tetas. Em vida livre, as ratas podem ter ninhadas tão grandes quanto nos criatórios, mas a diferença é que as condições não são tão favoráveis na natureza quanto em um ambiente controlado com comida farta e suplementos. Destas ninhadas nascidas em vida livre, apenas um ou dois filhotes sobrevive aos 2 primeiros meses e a partir dos 40 dias, estes filhotes também estarão reproduzindo, por este motivo ratos tem tantos filhotes em tão pouco tempo, para que a espécie seja bem sucedida (e ratos são).


Em um criatório, todos (ou a grande maioria) sobrevivem, inclusive em ninhadas muito grandes (acima de 12) as fêmeas dividem os filhotes em 2 ninhos, para que consiga cuidar de todos. Estes filhotes, destas ninhadas enormes, crescerão pequenos e mais fracos do que filhotes de ninhadas menores.


 

"Um criador responsável nunca cruzará

uma fêmea jovem demais, nem fêmeas

com machos jovens, pois isso geraria ninhadas

muito grandes, tornando a redução de

ninhada quase que obrigatória."

 

Como em um criatório a seleção natural não funciona, alguns criadores precisam fazer a redução. Esta redução não é feita por sadismo ou porque eles não se importam com seus animais, muito pelo contrário. O criador é responsável ​​por sua fêmea, portanto, é sua responsabilidade cuidar para que ela não tenha tantos bebês a ponto de causar estresse ou problemas de saúde nela. Cabe a eles garantir que os bebês tenham a oportunidade de atingir seu potencial máximo em tamanho e saúde. Isso é apoiado pelo fato de que os cientistas mostraram que ratos e camundongos com uma taxa de crescimento mais rápida (peso sendo mantido em proporção ao tamanho, não acima do peso) se saem melhor em testes de inteligência e sociabilidade do que seus companheiros de crescimento mais lento. A decisão do tamanho de diminuição da ninhada cabe ao criador, mas em média é de não mais que 8 filhotes. Esta redução pode ser feita passando alguns bebês para fêmeas com menos filhotes, se disponível, ou fazendo eutanásia em bebês com problemas ou pequenos demais. Isso reflete a seleção natural. Se a ninhada ainda for muito grande, eles escolherão manter os bebês que têm maior probabilidade de encontrar um bom lar.


Um criador responsável nunca cruzará uma fêmea jovem demais, nem fêmeas com machos jovens, pois isso geraria ninhadas muito grandes, tornando a redução de ninhada quase que obrigatória.


A eutanásia de filhotes pode ser feita posteriormente ao desmame, no teste comportamental, onde existem uma pontuação a ser dada por cada comportamento do filhote e caso estes filhotes não alcancem a pontuação mínima, eles não devem ser colocados a venda ou doação e muito menos mantidos no programa de reprodução, pois jamais seriam bons animais de estimação.


• Seleção de saúde e comportamento: um animal que apresenta problemas de saúde frequente jamais deverá entrar no programa de reprodução e cabe ao criador decidir o que fazer sobre isso. Em casos leves, que não apresente sofrimento para o animal, ele será tratado e realocado, por meio de doação, ou mesmo continuará sendo mantido pelo criador, apenas não entrando no programa de reprodução. Em casos de doenças que o tratamento não está resolvendo, tumores ou qualquer problema sem tratamento, cabe ao criador não prolongar o sofrimento do animal.


Outro ponto importante neste tópico é a agressividade. A agressividade em animais pode ter alguns fatores: hormonais (em machos apenas), dominancia, algumas fêmeas com filhotes muito novos, tumores cerebrais, desequilíbrio neurológico, traumas e medo. Criadores experientes saberão identificar estas variantes.

Um criador responsável poderá fazer um teste de reprodução para verificar qual a ordem desta agressão (desde que seja uma agressão leve, sem ataques ou mordidas), mas deverá manter os filhotes para acompanhamento até a idade adulta. *No meu caso, eu faço sim esta reprodução e seguro alguns destes filhotes e doo outros para pessoas de minha confiança, para que eu consiga ter um acompanhamento total da vida desta ninhada. Qualquer problema, a linhagem é descontinuada.

 

"agressividade severa é quando

um rato que antes era perfeitamente

equilibrado, passa a atacar humanos e outros ratos"

 

O que é considerado uma agressão que seja necessário abate?

O abate só é considerado em caso de agressão severa, ou seja, quando um rato que antes era perfeitamente equilibrado, passa a atacar humanos e outros ratos.

Animais agressivos não são animais de estimação para ninguém e também não são companheiros de gaiola para seus outros ratos. A mordida do rato em humanos, pode ser muito grave e a pessoa mordida pode perder o movimento dos dedos ou até acabar doente (febre da mordedura do rato).

Um animal agressivo mantido junto com seus demais ratos poderá causar ferimentos gravíssimos nos outros como amputações, quebrar ossos e até matar outros membros da colônia. Em casos de problemas hormonais, o tutor poderá castrar este rato e ele irá voltar a se comportar como era anteriormente, mas em qualquer outro caso, a castração não surtirá nenhum efeito.


Nenhum criador responsável manterá um animal agressivo e nem o colocará em sua linha de reprodução para vender os filhotes, independente da fonte de agressividade (exceto fêmeas com filhotes, eu também odiaria que pessoas mesmo que conhecidas mexessem nos meus filhos). Neste caso o animal será eutanasiado e isso é uma eutanásia humanitária, em benefício do rato, não para benefício do criador. Um animal com desequilíbrio mental jamais é feliz, pois ele vive em estresse constante.

Caso você seja contra este tipo de abate, pode entrar em contato com os criadores responsáveis da sua região e se disponibilizar a oferecer lar responsável para animais agressivos (caso apareçam) - garantindo que ele seja castrado, e no caso da castração não funcionar, que você ainda irá prover um lar adequado para este animal. Em casos de animais doentes ou com problemas genéticos, garantir que ele receba atendimento veterinário sempre que precisar. Lembre-se que o criador deseja garantir que este animal não sofra de forma alguma, a intenção não é se livrar dos animais.


• Redução de animais do plantel: Este tipo de redução é uma decisão única e exclusiva do criador com base nas informações que ele tem de sua ninhada. Um animal que foi aposentado do programa de reprodução, sendo dócil e carinhoso raramente será eutanasiado pelo criador, afinal, o criador ama seus animais e para ele, estes animais são seus pets. Neste caso, não é nada incomum o criador manter uma gaiola para os aposentados e ficar com eles até o fim de suas vidas. Não é incomum também o criador doar ou vender os animais adultos, isso principalmente em casos de aprimoramento de linhagem, onde este mesmo animal produziu um descendente mais de acordo com o trabalho que está sendo feito para aquela genética, este ultimo caso é feito para que não haja superlotação na gaiola.


A redução também pode ser feita com filhotes que não foram vendidos, é uma escolha do criador doá-los ou fazer eutanásia e esta escolha se baseia principalmente no temperamento destes animais e disponibilidade de adotantes adequados.

É preciso entender que em casos de aprimoramento genético são feitos vários cruzamentos e muitas vezes eles são feitos ao mesmo tempo - 2 ou 3 fêmeas ao mesmo tempo (pois as fêmeas possuem um período reprodutivo bem baixo), gerando bastante filhotes e, infelizmente, não existem tantos lares adequados, seja pelo fato da cidade onde o criador reside não possuir muitos proprietários de ratos ou não haja pessoas dispostas a oferecer o mínimo para manter estes animais de forma adequada.


Um criador responsável de ratos e camundongos, não é de forma alguma um acumulador de animais e deve garantir que sua criação se mantenha controlada, com uma quantidade de animais que ele possa manter com alimentação, habitação e todo o mais que ele exige que os tutores possuam. Manter uma superpopulação de animais não é saudável e nem seguro.


Lembre-se, não temos linhagens 100% estáveis no Brasil e o criador ainda precisa tirar bastante filhotes para garantir que futuramente não haja mais nenhum problema de saúde e comportamento saindo de sua criação, infelizmente este é um trabalho de muitos e muitos anos. Cabe apenas a cada criador aprender tudo o que puder sobre o animal que está criando, a genética, antecedentes e linhagens, técnicas de criação usadas, os padrões escritos para seu animal em particular, etc., e a partir desse conhecimento, determinar quais indivíduos devem ser selecionados da população de reprodução.

Um criador responsável NUNCA irá vender ou doar um rato para que viva de forma inadequada, em ambiente ou condições que tragam sofrimento ao animal. Para estes casos o criador responsável irá optar pela eutanásia, no caso de não conseguir manter estes animais pelos motivos já descritos acima.

Infelizmente os adotantes estão cada vez mais exigentes, dizendo serem contra venda de animais, mas bastante específicos nos padrões que querem adotar. Basta vermos no grupo inúmeros animais de orelha standard ou de padrões comuns que nunca encontram um lar. Outro fator complicado que nós criadores de ratos enfrentamos sobre doação é que mesmo informando aos adotantes que a linhagem não é estável e o adotante estar de acordo no momento da adoção, caso haja algum problema o criador é responsabilizado. Eu, que tinha um grupo de doações antes de ser criadora passo por isso e conheço muitos outros criadores que sofrem a mesma coisa, ser acusados de venderem animais agressivos por pessoas que não pagaram um centavo por aquele animal, tendo adotado ele com todos os avisos. Nós sabemos como as pessoas são, não é mesmo?


Como é feito a eutanásia?


A eutanásia utilizada por criadores sérios é sempre de forma humana, que não cause dor ou sofrimento para os animais. Vamos falar um pouco sobre elas, mas irei começar com formas muito cruéis de eutanásia que infelizmente são praticadas em algumas clínicas veterinárias.


Injeções intramusculares, subcutâneas, intratorácicas , intrapulmonares, intra-hepáticas , intra-renais , intraesplênicas , intratecais e outras injeções não vasculares são métodos não aceitáveis ​​de administração de injetáveis como agentes de eutanásia. ” Para traduzir isso para o leigo, isso significa que as injeções de solução de eutanásia no músculo, sob a pele, dentro do tórax, dentro dos pulmões, dentro do fígado, dentro do rim, dentro do baço, no cérebro ou na medula espinhal, ou em qualquer outro tecido, não é aceitável. Injetar fluido no tecido ou órgão é extremamente doloroso e os animais não devem sofrer nada neste processo.

Sob nenhuma circunstância permitir que alguém administre uma injeção intracardíaca (IC; no coração) a um rato consciente, mesmo que o rato esteja sedado. Infelizmente, esse método de eutanásia é comumente usado, mas não é humano.


Então, quais métodos de eutanásia são aceitáveis e indolores?


Métodos de eutanásia aceitáveis são os que não apresentam nenhum tipo de dor, estresse ou sofrimento aos animais. Eles devem fazer a passagem de forma tranquila e indolor. Abaixo os métodos de eutanásia aceitáveis pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária.


Métodos utilizados apenas em clínicas veterinárias:

• Anestésicos inalatórios seguidos de outro procedimento para assegurar

a morte; cloreto de potássio com anestesia geral prévia*


* Em todos os casos, para todas as espécies, os barbitúricos ou outros

anestésicos gerais injetáveis devem:

1- ser precedidos de medicação pré-anestésica;

2- ser administrados por via intravenosa em dose suficiente para produzir a

ausência do reflexo corneal. Após a ausência do reflexo corneal, pode-se

complementar com o cloreto de potássio associado ou não ao bloqueador

neuromuscular, ambos por via intravenosa.


Métodos utilizados por criadores


Os métodos humanitários de abate são a câmara de CO2 e o deslocamento cervical de ratos até 200 gramas, acima disso é desumano e CRUEL.


O deslocamento cervical, se feito de forma correta, causa inconsciência instantânea e morte de forma rápida e indolor, sem sofrimento ou estresse. Este método (ou qualquer outro) nunca deve ser tentado por pessoas sem conhecimento específico e treinamento.


O CO2 concentrado é um depressor do sistema nervoso central e realmente causa anestesia. Você sabe como você boceja quando está com sono? Esta é a maneira que o corpo usa para se livrar do excesso de dióxido de carbono em seu sistema, que está deixando você sonolento. O CO2 em concentração adequada não causa asfixia. O rato será capaz de respirar normalmente, ficará anestesiado e morrerá rapidamente, dormindo.


Concluindo...


Acho que devido a diversas polemicas, um B.O e mais um monte de absurdos, "nós precisávamos falar sobre o Kevin".

Este é um assunto muito polemico e é muito fácil se tornar emocionado criando em sua cabeça sempre as piores imagens. Mas como eu falei no início da matéria, culling em nada tem haver com maus tratos e é ignorância linkar uma coisa com outra.


O intuito desta matéria não é chocar, nem criar polêmica e sim informar o que é o culling, e em que casos são feitos os abates. Se algum criador diz para vocês que não faz nenhum tipo de abate, sinto lhe informar que você está sendo enganado, acredita quem quer. Mas de forma alguma isso quer dizer que este criador é ruim ou que não ame seus animais, pelo contrário. Isso mostra apenas o quão responsável ele é com a manutenção de seus animais.


É importante falar, agora, sobre animais criados para alimentação. O foco desta matéria não foi de forma alguma biotérios, mas eles existem e sempre existirão, afinal, outros animais precisam se alimentar também e ratos e camundongos são sua fonte nutricional quase que exclusiva. Da mesma forma que existem criadores bons e criadores ruins, existem biotérios bons - que mantém poucos animais por caixa (em média 3), limpos e com alimentação própria para a espécie, e biotérios ruins - com caixas imundas e super lotadas, criando com rações baratas geralmente de cachorro, gato, peixe, coelho e até mesmo de cavalo. A diferença é que os biotérios abatem todos os animais que criam para alimentação (alguns vendem um ou outro para pet, mas este não é o foco) e um criador responsável fará abates raríssimos e mínimos, apenas em casos extraordinários. Um criador responsável é responsável com todas as etapas e todos os animais de sua criação.


A eutanásia (de forma humanizada) de forma alguma é o pior destino que um rato pode ter, jogar uma criação inteira de animais criados anteriormente em gaiolas como pet, em um biotério, em caixas de 30x40x18cm com 6 indivíduos ou mais e sem alimentação adequada é um destino muito pior que a morte, este tipo de criador não é bom, sério ou ama seus animais, apenas quer se livrar deles. Ou mesmo tutores que criam os animais de qualquer jeito, vendo-os morrer a mingua sem tratamento veterinário, com a desculpa que não tem dinheiro ou não tem veterinário em sua cidade. Animais criados em habitat incorreto, pequeno demais, sem alimentação adequada, companhia e o mínimo que precisam... Isso sim é crueldade e maus tratos...


Todos os criadores responsáveis que conheço, que abatem, não o fazem por crueldade, porque não amam seus ratos, só pensam em dinheiro ou são indiferentes, muito menos veem seus animais como descartáveis. Eles fazem porque sabem que é dever ter sempre uma decisão responsável por eles. E esta decisão não é nada fácil, não é sádica... é uma decisão de partir o coração e emocionalmente perturbadora, que apenas é tomada porque é a coisa certa para seus animais.


Em outros países este assunto também é bastante controverso, mas basta entrar em diversos grupos de criadores de outros países para ver que o assunto é tratado normalmente, de forma bastante respeitosa e madura.


Ninguém precisa ser contra ou a favor, pois isso é uma decisão apenas de quem cria e apenas o criador saberá o que fazer de melhor para sua criação. Mas o dever de todos é entender e respeitar e para isso trazemos o conhecimento.


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